Qualquer traço de bom
caráter foi limpo com guardanapos superfaturados, toda honestidade enviada para
longe, em cartas seladas de forma obscura.
Ainda bate no peito este pesar, a dor que se vê nos olhos, a desesperança que não procura por dias melhores. É que o golpe da corrupção acerta cada vez mais forte: na boca do estômago, no corpo do enfermo, na segurança das famílias, no sonho de todos. Este senhor que nos atinge, chamado Senado, guarda nos cofres o pão do órfão, esconde em seus latifúndios o fruto do trabalhador, ignora do alto de seu trono de mentiras as lágrimas da viúva. No seu feudo, não existe lei que o impeça, nem prece que dê fim à sua ganância. Consome o que pode, como um rato furtivo da realeza, como uma traça silenciosa e traiçoeira, até que não sobre mais nada. Nem a voz de quem ainda luta, nem a tinta de quem protesta, com palavras de uma crônica, contra o bicho que sobre nós governa.
(Nota máxima, orgulho mínimo) |
Ainda bate no peito este pesar, a dor que se vê nos olhos, a desesperança que não procura por dias melhores. É que o golpe da corrupção acerta cada vez mais forte: na boca do estômago, no corpo do enfermo, na segurança das famílias, no sonho de todos. Este senhor que nos atinge, chamado Senado, guarda nos cofres o pão do órfão, esconde em seus latifúndios o fruto do trabalhador, ignora do alto de seu trono de mentiras as lágrimas da viúva. No seu feudo, não existe lei que o impeça, nem prece que dê fim à sua ganância. Consome o que pode, como um rato furtivo da realeza, como uma traça silenciosa e traiçoeira, até que não sobre mais nada. Nem a voz de quem ainda luta, nem a tinta de quem protesta, com palavras de uma crônica, contra o bicho que sobre nós governa.
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